quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Criança Esperança oferece atividades de lazer e educação a famílias no RN

"Tem fila de espera, com uma grande procura de famílias que querem colocar suas crianças. Nós temos que fazer uma seleção", explica a coordenadora do projeto. No Rio Grande do Norte o tempo é de esperança. Uma iniciativa que está mudando a vida de meninos e meninas de famílias pobres no interior do estado, mas um projeto que tem o apoio do Criança Esperança. Foi na Associação de Moradores do bairro de Frutilândia que brotou a sementinha da esperança. “É na família que nós temos a base para a modificação da nossa sociedade”, explicou um dos orientadores do projeto. Uma vez por mês as mulheres se encontram e debatem questões que palpitam em cada coração. “Nós temos que saber educar nossos filhos. Porque a partir de hoje se não aprendermos a educar nossos filhos, quem vai educar é a rua”, diz Vaneide de Melo, dona de casa. Para as crianças e os adolescentes os encontros são duas vezes por semana, em uma casa alugada para ser a sede do projeto social. Antes, o local abrigava uma única família, hoje é uma espécie de segundo lar para nada menos que 180 famílias. Yuri e Ingrid são filhos de Francisca, e vêm com seis primos. “Para meu filho, que eu não tenho condições de dar uma aula de computação, ele já aprendeu e minha filha melhorou o rendimento na escola com as aulas de reforço”, contou Francisca Marlene da Silva, diarista. Participam das atividades no turno em que não tem aula na escola. E o que se aprende no projeto foi resumido em poucos segundo pela estudante Cristiane Inácio de Melo: “O projeto nos ensina muita coisa, como a lidar com a vida lá fora”. Ela completa falando como compreende as pessoas, “porque para respeitá-las nós temos que compreende-las”, falou a jovem, de 13 anos. Entre as oficinas que seduzem pessoas cheias de energia, os monitores ensinam a crescer. “Era um pouquinho danadinha, mas depois que vim para cá mudei minha vida. Me ajudou na escola, tiro notas boas e nunca fico reprovada”, disse Beatriz Galdino, de 15 anos. O projeto Centro de Convivência e Participação Social São Francisco é parceiro do Criança Esperança há dois anos. O número de interessados só aumenta como disse Joyce Kelly, de 10 anos. “Eu não consigo entrar para a informática porque não tem vaga suficiente”, falou desolada. O espaço ficou pequeno. “Tem fila de espera, tem uma grande procura de famílias que querem colocar suas crianças. Nós temos que fazer uma seleção das famílias que mais necessitam para poder atender”, explicou a coordenadora do projeto Rani Carla. Por enquanto Joyce tem que ficar só olhando as coleguinhas. Mas quem sabe logo, logo era fará parte do grupo.

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