quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Projetos Sociais e Esporte: Ferramenta de Inclusão


Projetos Sociais e Esporte: Ferramenta de Inclusão
Por Alexandre Douglas de Souza
Olá, o nosso papo de hoje vai tratar de um tema bastante na moda “Projetos Sociais e Esporte”, bem antes do anuncio da sede das olimpíadas e da copa do mundo o Brasil já vinha passando por um processo de inclusão social que é capitaneado pelas ONG´s. espalhadas por em todo o território nacional. Estas organizações desenvolvem um papel importantíssimo na retirada crianças e adolescentes das ruas e de áreas sobre vulnerabilidade social.
Os guetos hoje, em sua maioria e onde tem a presença de uma ONG, não é mais sinônimo de local de venda de drogas, prostituição e sim, de um local onde brota a cidadania da comunidade. E freqüente encontrarmos nos jornais e nas televisões histórias de áreas que antes eram dominadas pelo trafico e que hoje são locais onde a comunidade busca os seus direitos.
Segundo Renato Marques, em seu artigo tirado da internet, ele traz uma reflexão nos pensamos ser útil em nosso papo.
“Se para você, Esporte é apenas competição, saiba que ele vai muito além das disputas dentro dos estádios e ginásios. Cada vez mais cresce a importância do Esporte como ferramenta de inclusão social. Mostra disso é que 2005 foi escolhido pela ONU (Organização das Nações Unidas) como o "Ano do Esporte para a Paz e o Desenvolvimento".
"Muitos países enfrentam marginalização do sistema de educação. A ONU observou que o esporte, mesmo que tenha como princípio o desenvolvimento físico e da saúde, serve também para a aquisição de valores necessários para coesão social e mundial", acrescenta o coordenador do projeto Mini-Tênis da URI-SAN (Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões), José Luiz Dalla Costa. "O esporte é uma ferramenta que, aliado à educação, serviria realmente como ferramenta de inclusão".
As experiências com projetos sociais ligados ao Esporte mostram que a atividade física, em especial no que diz respeito aos mais jovens, tem um fator motivador extremamente positivo. Assim, se bem trabalhado, o projeto extrapola - e muito - a esfera da competição esportiva. Os efeitos são sentidos no dia-a-dia, com crianças e adolescentes mais concentradas nas aulas, disciplinadas e, principalmente, fora das ruas. Em muitos casos, inclusive, os projetos não se restringem apenas ao treinamento esportivo.
Criado em 2001, o Projeto Cestinha, ligado à Unisc (Universidade de Santa Cruz do Sul), atende a mais de 300 crianças. Além de aprender os segredos do Basquete, as crianças têm aulas de informática e inglês, além de um trabalho especial de orientação que é feito junto aos pais. "O Esporte é importante porque dá oportunidade a um maior número de crianças. Se você deixar o menor apenas jogando, sem acrescer alguma filosofia, não adianta nada", diz o coordenador da iniciativa, Gilmar Weiss. "É preciso agregar valores, não apenas tratar de habilidades e capacidades cognitivas."
Como vimos o Renato Marques, em seu artigo mostra simplesmente o que nos deparamos todos os dias. Os projetos sociais são criados pela necessidade que a comunidade tem em modificar uma realidade que ela “Comunidade”, não aceita, ou por iniciativa de alguma organização não governamental com atuação na comunidade ou na cidade a que ela se propõe a realizar o trabalho. A responsabilidade de mudar e de trazer o novo um novo olhar para comunidade cai sobre a responsabilidade do projeto e da ONG que executa. Quando fazemos uma analise entre os projetos sociais e os programas governamentais nos deparamos com uma realidade bastante diferente das escritas nos relatórios e nas fotos apresentadas. Os programas governamentais, em sua maioria hoje no Brasil são ligados todos ao Ministério do Desenvolvimento Social ou no nosso caso especifico ao Ministério do Esporte, o que eu quero colocar aqui pra vocês é que independente do Ministério a que o programa governamental for ligado ele sempre vai estar atrelado a uma “BOLSA”, que segundo o Governo é de incentivo para que a criança e o jovem freqüente o programa, a exemplo disso temos: PETI, PROJOVEM, BOLSA ATLETA, entre outros que sou sincero em lhe dizer não tive paciência de pesquisa. Na outra ponta estar os projetos sociais que em sua maioria não recebe subvenção governamental ou privada, são construídos com o esforço de muitos voluntários e da esperança das crianças e dos adolescentes que freqüentam em querer mudar de vida e ter outro futuro diferente dos amigos.
Outra parte dos projetos sociais recebem subvenção social ou seja, recebem recursos dos governos e da iniciativa privada, mais mesmo assim, continuam com uma diferença não oferece “BOLSA” para os seus beneficiados os poucos recursos recebidos por estas organizações uma parte retorna para os governos em forma de tributos pagos, o restante dos recursos são divididos entre manutenção das oficinas e pagamentos de funcionários, que diferente dos programas, as ONG´s, pagam em media salários de R$ 300,00 reais mês para um educador em quanto os projetos pagam em media R$ 600,00 pelo mesmo educador. O que eu quero chamar atenção dos senhores e das senhoras que estão a refletir o tema comigo, é mesmo com toda essa estrutura notamos que os beneficiados dos projetos sociais coordenados pelas ONG´s, tem um rendimento (freqüência, melhoramento na leitura, no comportamento escolar e familiar) melhor que os beneficiados dos programas. Mais a que podemos atribuir esse fenômeno uma vez que o perfil dos beneficiados pelos projetos socais é o mesmo perfil dos programas governamentais?
A resposta estar na maneira de tratar os beneficiados, quando você chama eles (jovens) para serem protagonistas da história e administrarem o projeto ou programa você faz com que esses jovens antes não era acreditados por ninguém inclusive a própria família. Ele passa a ter um melhoramento da autoestima e isso vai refletir em todas as ações desse jovem na comunidade e na sociedade. Diferentemente que é aplicado nos programas governamentais, onde trata-se as crianças e os adolescentes como coitadinhos e pessoas que precisam ser trabalhadas de forma diferente sobre uma visão do assistencialismo onde não constrói e edifica a dignidade dos seus beneficiados. Por fim, quero deixar vocês com uma reflexão sobre este tema, devemos modificar a maneira de olhar para as “Políticas Publicas”, pois é por meios delas que vamos mudar a realidade de nossas crianças e adolescentes, devemos pensar que quando falamos de crianças e de adolescentes devemos incluir as nossas crianças e adolescentes que temos em nossas famílias. As políticas publicas são para todos, assim, como a Lei estar para todos. Não podemos pensar em política de exclusão onde eu proponho uma política para os filhos dos outros e excluo o meu filho ou filha desta política. Quando isso acontece o reflexo dessa exclusão é evidente nos índices crescentes de roubos, mortes, prostituição, drogadição entre outros males que conhecemos tão bem por meio dos noticiários e que pensamos ingenuamente que tais realidades não chegam a nossa família que parece estar protegida sobre uma redoma, como se fosse um escudo.
Até o nosso próximo encontro.
Alexandre Douglas de Souza
Gestor Social

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